5 criadores de quadrinhos brasileiros que você precisa conhecer
Destacamos cinco novas vozes dos quadrinhos brasileiros que abordam temas candentes na sociedade
A HQ brasileira tem recebido destaque internacional há anos. Em 2007, em um momento divisor de águas, a dupla Fábio Moon e Gabriela Bá, ganhou o Prêmio Eisner por Daytripper. Rafael Grampá e seu Mesmo Delivery conquistaram o público mundial no fim daquela década.
Desde então, as editoras que publicam quadrinhos nacionais e a diversidade de novos criadores só vem aumentando. Quem sabe, no futuro, vamos dizer que essa foi a era de ouro da mídia no Brasil.
Confira alguns dos novos talentos que tem provocado abalos sísmicos no gênero:
Marcelo D'Salete
Vencedor do Eisner por Cumbe, D'salete se firmou no cenário com o sucesso de Angola Janga, que recupera as origens históricas do Quilombo dos Palmares. Sua obra tem tido um grande impacto por abordar, sem subterfúgios, a questão da escravidão pela perspectiva dos negros.

Ju Loyola
Esta quadrinista popularizou-se por um nicho interessantíssimo: as "narrativas mudas", isto é, que não utilizam texto. A autora, surda, transformou os desafios que enfrenta em matéria-prima para sua arte, com histórias voltadas para a fantasia.

Ana Luiza Koehler
Quadrinista e arquiteta, Koehler marcou presença produzindo conteúdo para o mercado franco-belga, cuja tradição inspira inúmeros artistas há muitas e muitas décadas. Uma de suas obras mais conhecidas, Beco do Rosário, trata da modernização de Porto Alegre, no sul do Brasil, em ricas ilustrações feitas com bico de pena e aquarela.

Jefferson Costa e Rafael Calça
Esta dupla premiada encarou de frente o tema do racismo no Brasil com Jeremias - Pele, uma reimaginação de um personagem secundário da Turma da Mônica, a série de quadrinhos que formou tantas gerações de leitores. O tema de como a identidade negra se articula desde a infância faz desta obra um marco na representatividade entre os quadrinhos brasileiros.

Bruna Maia
Esta quadrinista alcançou sucesso no Instagram com suas tirinhas ácidas sobre a vida contemporânea esmagada pelo uso de redes sociais, identidade feminina e o machismo difuso que permeia a sociedade brasileira. Recentemente, seu trabalho foi reunido no livro Parece que piorou, publicado pela Quadrinhos na Cia.

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