8 fatos curiosos sobre John Tenniel, ilustrador de Alice no País das Maravilhas
Conheça a vida e a obra do ilustrador inglês no 200º aniversário do seu nascimento
John Tenniel (28 de fevereiro de 1820 – 25 de fevereiro de 1914) foi ilustrador, humorista e caricaturista político inglês. Seu nome ficou consagrado graças às ilustrações que fez para os livros de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho.
Reunimos algumas informações interessantes sobre suas ilustrações, sua relação com Carroll e sua obra como um todo, que o levou a receber o título de Cavaleiro.
Um artista dedicado
John Tenniel expôs sua primeira pintura na Sociedade de Artistas Britânicos quando tinha apenas 16 anos. Aos 20 anos, perdeu a visão do seu olho direito em um acidente. Ele se aposentou quando seu outro olho começou a ter problemas, mas seguiu pintando aquarelas, inclusive quando ficou totalmente cego.
Obra e carreira
Transformou-se em caricaturista da revista Punch, onde trabalhou por 51 anos. Nesta publicação, produziu cerca de 2 mil caricaturas. Também ilustrou vários livros famosos da sua época. Aposentou-se aos 81 anos, pouco depois da Rainha Vitória condecorá-lo com o título de Cavaleiro.
Método de trabalho
Ao contrário do que se fazia na época, Tenniel não desenhava a partir de estudos da vida real, preferia recorrer à sua memória visual. Seu estilo foi tachado de grotesco, por suas interpretações fantásticas e perturbadoras misturadas com o realismo de temas muito curiosos.
Técnicas de ilustração
Tenniel fazia rascunhos à lápis e depois usava tinta branca e preta. Em seguida, transferia o desenho a blocos de madeira com papel carbono. Finalmente, eram produzidos blocos de impressão de cobre a partir daqueles gravados em madeira. A complexidade do processo encarecia a produção.
Detalhes ocultos
O pai de Tenniel era professor de dança e é notável as muitas referências ao balé em suas caricaturas. Em Alice, por exemplo, a influência é perceptível na posição dos pés dos personagens. Ele também fazia referências a rostos de personagens da época.
Um cliente difícil
Lewis Carroll se orgulhava de seus próprios dotes artísticos e era muito crítico com o trabalho de Tenniel. O escritor costumava dar instruções muito precisas e a relação deles nem sempre fluiu fácil. Por exemplo, Carroll fez Tenniel mudar certas ilustrações muitas vezes, como quando disse não estar satisfeito com a primeira proposta para o rosto de Alice.
Colaboração renovada
Em outras ocasiões, Carroll cedeu frente aos desejos do ilustrador e, inclusive, aceitou mudar o texto do livro para se ajustar à interpretação de Tenniel. Por isso, acabou buscando o artista para ilustrar Alice Através do Espelho, depois que outros ilustradores não cumpriram com suas exigências.
Padrões de qualidade
Quando chegou a primeira tiragem de dois mil exemplares de Alice, Tenniel disse que a qualidade da impressão era inaceitável. Apesar da perda econômica, Carroll cedeu e repetiu a edição com uma gráfica melhor. Nas ilustrações podemos ver muitas vezes escondido o nome da gráfica, além do monograma de Tenniel, que fala do respeito que sentia por seus colaboradores.
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