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Materiais: kit básico para ilustração botânica

Descubra quais são os materiais básicos para ilustrar um diário naturalista
Se você está à procura de novas ideias, uma possibilidade interessante é sair e observar a natureza, registrando suas impressões através da escrita e da ilustração. Ao longo da história, grandes artistas mantiveram cadernos inspiradores: Van Gogh, Leonardo da Vinci, William Turner etc.
Paulina Maciel (@pau_maciel), ilustradora especializada em aquarela e apaixonada pelo mundo natural, lista a seguir os materiais básicos para quem quer observar e retratar a natureza.


Sketchbook
Item essencial. É importante prestar atenção ao tipo de papel, pois ele precisa ser adequado para técnicas úmidas — especialmente aquarela. Caso tenha dúvida, consulte a embalagem. A maioria dos cadernos traz ali informações como número de páginas, gramatura, textura etc.
Também é importante escolher de acordo com o estilo de suas ilustrações. Uma superfície lisa, por exemplo, permite um traço mais fino. A orientação — se é horizontal ou vertical — também precisa ser levada em conta.
Se não encontrar um sketchbook que lhe agrade, você pode confeccionar o seu. Separe algumas folhas para aquarela, faça uma marca no centro delas e em seguida dobre-as pela metade. Depois, é só grampear.

Estojo de aquarela
O ideal é que seja pequeno. Não tendo um, uma opção é transportar suas aquarelas em pastilha numa pequena caixa de metal. Para não errar na escolha das cores, veja quais são as mais constantes em suas ilustrações.
A maioria dos estojos conta com um espaço para misturar as cores, mas se o seu não tiver, Paulina recomenda um prato de cerâmica.

Lápis grafite
Você pode optar tanto pelo lápis quanto pela lapiseira. A vantagem da lapiseira é estar sempre apontada. Quanto mais opções, melhor. Porém, se precisar escolher, a dica de Paulina é: opte por um neutro, como 2H ou HB.

Nanquim
Assim como no caso do lápis, você pode usar uma grande variedade de canetas, mas, caso não tenha muito espaço, uma 0,5 dará conta do recado. O essencial é que a caneta seja resistente à água. Segundo Paulina, seus melhores resultados foram usando a marca Micron.

Pincéis
Os mais recomendados são os suaves e curtos. Paulina sugere que você deixe os tradicionais para o trabalho em estúdio. Para as atividades externas, uma boa opção são os pincéis com reservatório. Assim, você evita carregar uma garrafa ou se preocupar em procurar água.
Há dois tipos de pincéis: naturais e sintéticos. Os sintéticos possuem mais firmeza no traço, sendo úteis para o trabalho com diferentes espessuras. Os naturais, por sua vez, são mais suaves e indicados para trabalhos mais delicados, como o sombreamento.
Caso opte pelos pincéis tradicionais, use um estojo para protegê-los. Se não quiser transportar todo o seu kit, leve um de ponta média e outro de ponta fina — número 4 e número 1, por exemplo.
Além dos materiais básicos, você ainda pode usar:
- Lápis aquareláveis
- Pequena régua ou folha milimetrada (para ser mais preciso na escala dos objetos)
- Lápis branco (para aumentar o brilho)
- Folhas para rascunho
- Fita adesiva
- Clipe de papel
- Câmera do celular (para capturar detalhes que não será capaz de reproduzir ao ar livre)
Se quiser mergulhar no mundo da aquarela e da ilustração naturalista, lembre-se de que Paulina Maciel oferece na Domestika o curso Ilustração de um diário naturalista, onde ensina técnicas de observação, descrição visual e, é claro, ilustração.
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