Maíra Oliveira é artista imigrante mãe, poeta negra brasileira em trânsito. Nasceu no Rio de Janeiro; foi criada em Petrópolis; cresceu em Brasília; e, desde 2016, é da Linha de Sintra, Amadora, Lisboa, Portugal. Aluna do Master em Fotografia Artística pelo Instituto de Produção Cultural e Imagem (IPCI/Lisboa), é doutora em Sociologia da Cultura pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com a tese intitulada A Cidade e o Cinema [Negro]: o caso FESPACO, sobre o maior e mais antigo festival de cinema que acontece em África, na cidade de Ouagadougou, Burkina Faso - onde esteve em 2015 e 2017 para acompanhar o evento. Desde que começou esta pesquisa, em 2014, sobre a produção audiovisual realizada por pessoas negras, tem tido a oportunidade de conviver e trabalhar com profissionais da educação e das artes visuais de lugares como Zimbabue, Uganda, Reino Unido, Portugal, Moçambique, México, Guiné, Gana, Cuba, Costa do Marfim, Chile, Cabo Verde, Burkina Faso, Brasil, Angola e Alemanha; estreitando laços profissionais e de afeto com essas pessoas e seus países; encontros que tem resultado em projetos de criação criativa e pesquisas, programação cultural, artigos e ensaios; toda uma produção sobre cinemas africanos, cinemas negros, metodologias contra-coloniais, migração forçada, fronteiras inventadas e poéticas antirracistas. Trabalhos expostos em filmes, fotografias, colagens, performances, escrevivências, roteiros, textos poéticos e crônicas visuais; depositados em coleções privadas, blogs, publicações impressas e virtuais. Em 2016, na cidade de Lisboa, criou em parceria com Luzia Gomes, a Nêga Filmes: um coletivo de artistas e pensadoras que tem coordenado e feito a curadoria de diversos ciclos e mostras de cinema negro, nas Américas e Europa, como a Mostra Internacional de Cinema na Cova – África e suas Diásporas. Em 2017, foi uma das duas artistas selecionadas pelo prêmio Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura, para uma residência no Lavadouro Público de Carnide, pelo Teatro do Silêncio. Como resultado, teve o ensaio as marcas da cidade somos nós publicado no BUALA. Em 2018, participou com a sua performance a terra tremeu dentro de mim e eu fiquei sem casa no primeiro Festival Feminista de Lisboa; em 2019, na segunda edição do mesmo festival, mediou o workshop cinema de/para/com mulheres negras. Dois trabalhos que tem se replicado em outros contextos e espaços, e que desencadearam outras produções continuadas, em parceria com artistas e associações portuguesas locais, como o Foto-Lab Serra das Minas (2020), e o projeto Sobre o que está dito, mas não é visto (2021), em conjunto com a plataforma de Educadores Antirracistas EducaR; a pesquisa fantasmas, em progresso; e o LIIM - Laboratório de Investigação e Criação Imagética. Em 2019, esteve no Festival TODOS, com o ensaio foto-poético autobiográfico intitulado caminhos percorridos com carinho. Em 2020, teve publicado os ensaios teóricos performances boa sessão de cinema negro, Portugal e Feliz, cidade, Félicité? - ou notas breves sobre um filme anticolonialista. Em 2020, passou a integrar como pesquisadora convidada, do projeto memórias que vêm das palavras: olhares museológicos para as literaturas de mulheres negras, da Universidade Federal do Pará; e do grupo Memória, Arte e Alteridade, da Universidade Federal do Tocantins. É a realizadora do projeto fílmico Mulheres Negras do Centro à Periferia, uma produção da FEMAFRO, com o apoio da CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. É uma das fundadoras do INMUNE, e faz parte do coletivo que está realizando o documentário “As vozes da mulher negra em Portugal”.
Corsi
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Editing e post-produzione di una webserie con DaVinci Resolve
Un corso di Guido Goñi
Fotografia e Video
Scheda professionale
- Maíra Oliveira – @mairazenun
- Disponibile per proposte di lavoro freelance o contratto a: Amadora, Portogallo