O que é um moodboard e como aplicá-lo em seu bullet journal?

Aprenda no que consiste um painel de inspiração e descubra como o bullet journaling ajuda a organizar ideias
Enfrentar a folha em branco pode ser motivo suficiente para nos impedir de começar um bullet journal. Para vencer esse medo, existem técnicas específicas que, além disso, podem nortear a tomada de decisões criativas.
Compor um moodboard (ou painel de inspiração) é uma forma de começar a organizar nossas ideias e tornar nossas referências mais claras. Quem afirma isso é a jornalista madrilenha Chris Bravo (@littlehannah), especialista em journaling criativo e criadora da marca de papelaria Little Hannah.
En seguida, Chris nos explica como criar nosso painel e quais usos podemos dar a ele.

O que é o moodboard?
O moodboard é um exercício realizado por criativos, artistas e pessoas que trabalham na comunicação para dar início ao processo de delimitar um universo estético. Para isso, começam descartando algumas ideias, defendendo outras e construindo critérios para definir a imagem de uma marca ou projeto.
No painel que Chris sugere para a primeira página de nosso journal, começamos a explorar determinadas combinações de cores, texturas e fontes para usar no restante do projeto.
Para encontrar nossas combinações, reuniremos elementos que nos transmitam emoções. A ideia é que esses elementos nos inspirem e tornem nossa comunicação com os outros mais clara.

O que é um bullet journal criativo?
O bullet journal nasceu como um sistema de planejamento analógico criado pelo diretor criativo austríaco Ryder Carroll, que buscava atingir a maior produtividade possível. Trata-se da criação de uma série de listas de tarefas, elaboradas de forma consciente e meditada, através das quais ele buscava criar um método.
Um bullet journal pode ser simples, estruturado e minimalista, ou pode ser lúdico e criativo. O único requisito é que seja organizado, ou seja, que permita compreender o lugar e o motivo de cada uma das coisas que chegaram às suas páginas.
Bullet journals criativos, por sua vez, dão mais ênfase a reunir inspirações e referências do que às tarefas diárias. O que Chris propõe em seu curso, Bullet journal criativo: planejamento e criatividade, é realizar um planejamento em que tanto nosso trabalho externo quanto nosso mundo interior possam conviver. Por isso mesmo, o curso tem como objetivo transformar seu caderno numa ferramenta criativa e organizacional, tão racional como emocional e estética.

Perfis a quem o moodboard pode ser útil
O moodboard pode ser útil em muitos casos. Por exemplo, ao encarar um projeto pessoal em que queremos visualizar onde estaremos daqui a dois anos, ou quais sensações queremos experimentar. Para projetos profissionais, ou seja, para diagramar os passos de nossas carreiras. Se você é um comerciante ou proprietário de uma loja, um painel de inspiração pode ajudá-lo a pensar, por exemplo, em possíveis vendas complementares, combinando seus produtos com conceitos e ideias.
A nível empresarial, o moodboard se mostra uma ferramenta fundamental para analisar a comunicação e a personalidade de uma marca. Consultores, por outro lado, precisam dele para projetar tendências com antecedência.
Mas, não para por aí. Muitas pessoas que desejam reformar suas casas começam a explorar possibilidades através de uma ferramenta como essa. Se você é artista, ilustrador, designer, blogueiro, fotógrafo ou até mesmo wedding planner, conhecer essa técnica também pode ser muito produtivo.

Que paleta de cores aplicar no meu moodboard?
Escolher as cores é uma das tarefas mais difíceis e determinantes. Se não sabe por onde começar, a especialista aconselha selecionar uma foto de que goste muito e simplesmente seguir a mesma linha da imagem.
Conhecer a teoria das cores também poderá muito útil, pois essa série de regras aplicáveis às cores funciona independentemente da maneira que estejam representadas e irá ajudá-lo a entender a forma como se formam e complementam. Aprenda a relação entra elas aqui.
Elementos para criar um moodboard
A especialista sugere que usemos qualquer elemento que nos inspire para criar o painel. Eis alguns exemplos:
- Citações de livros.
- Adesivos.
- Etiquetas.
- Embalagens que chamem nossa atenção.
- Fitas adesivas.
- Carimbos.
- Ingressos.
- Fotografias.
Melhor evitar...
Embora, tecnicamente, um bullet journal criativo não tenha nenhum limite quanto aos elementos e materiais que podemos incorporar, Chris desaconselha o uso de:
- Papéis de alta gramatura: adicionam camadas que engrossam nosso caderno.
- Papéis gofrados: dificultam a escrita nas folhas seguintes.
- Colas líquidas: podem afetar a qualidade do papel e deixá-lo úmido.

4 dicas para enriquecer seu trabalho
1. Tente trabalhar exclusivamente no papel
Chris recomenda fazer o esforço de levar qualquer formato inspirador para o papel, a fim de não incorporar outro tipo de elemento. Ou seja, se o que nos inspira é um tecido, precisamos encontrar impressões que transmitam essa sensação. Ela também recomenda utilizar algumas técnicas, como a pintura em aquarela, em folhas separadas que colaremos somente após o resultado final.
2. Experimente camadas finas
Você pode colocar papel vegetal sobre fotos, por exemplo, para criar um filtro e uma textura especial.
3. Agregue detalhes
Seus favoritos são as fitas adesivas, com efeito de cetim ou estampadas, as etiquetas vintage e os carimbos.
4. Adicione frases
Escolha frases que despertem emoções em você, reproduzindo-as à mão ou imprimindo numa fonte que lhe agrade.
Quer se aprofundar na criação de moodboards? Inscreva-se no curso Bullet journal criativo: planejamento e criatividade, no qual Chris Bravo ensina como organizar seu dia a dia e a melhorar sua produtividade com um bullet journal criativo.
Versão em português de @ntams.
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