Tutorial Brush Pen: traços básicos das letras

Aprenda o básico para usar o pincel e pegar prática nesta que é a ferramenta básica do brush pen, com Bego Viñuela
Todos nós que nos alfabetizamos certamente tivemos, na infância, exercícios para "soltar" a mão antes de enfrentar o papel em branco. Traços, curvas, formais ovais, ondas... são variadíssimas as estruturas que terminarão formando letras, permitindo-nos expressar ideias e sentimentos, narrar e registrar histórias.
A caligrafia itálica é um passo além na arte de escrever à mão. Dotada de traços elegantes e decorativos, curvas refinadas e muita expressividade, é mais do que um meio de transmitir uma mensagem: é a mensagem em si.
Especialista nela, a calígrafa Bego Viñuela (@caligrafiabilbao) nos ensina o básico para usar o pincel e desenhar bonitas letras, cheias de força e impacto visual. "Há características compartilhadas pelas letras que, se trabalhamos um pouquinho mais e fazemos questão de tentar aperfeiçoá-las, deixarão as letras muito melhores", afirma Viñuela. Descubra mais a seguir:
Prepare tinta, pincel e papel

É possível usar folhas sem pautas ou com elas – e, neste caso, o espaço entre as pautas também varia, de modo a nos permitir fazer traços maiores ou menores. Se você for utilizar o papel com pauta, coloque-o sob a folha em branco na qual efetivamente desenhará as letras. Use um pincel com punta e a tinta da sua preferência.
Deite um pouco o pincel e aplique sobre ele uma pressão constante

Deitar um pouco o pincel na hora de desenhar a letra proporcionará um traço mais homogêneo. Se o ângulo de incisão no papel for muito vertical, as cerdas produzirão um efeito "sujo", de múltiplas linhas.
Experimente começar a fazer linhas linhas retas e paralelas. E tente manter uma pressão constante nesse exercício. Também é possível variar sutilmente a pressão para, assim, observar as mudanças produzidas no traço. Desta forma, você irá entendendo a flexibilidade da ponta do pincel, a quantidade de tinta necessária para cada traço e qual a força exigida para se obter uma letra mais ou menos grossa, mais ou menos opaca etc.
Busque o traço que lhe parecer mais confortável

É fundamental encontrar a pressão certa, a maneira mais confortável de escrever. Lembre-se de que deverá manter a mão firme e, ao mesmo tempo, capaz de fazer movimentos suaves. Pratique muitas vezes até entender como segurar o pincel em cada trecho da letra a desenhar, em cada curva.
Pratique o contraste entre traços finos e grossos

Se os traços mais grossos requerem um contato maior entre as cerdas e o papel, para os finos basta utilizar a ponta do pincel, suavemente. Lembre-se de que, neste tipo de caligrafia, os traços mais grossos são realizados em movimento descendente, ou seja, de cima para baixo; já os finos devem ser feitos em movimento ascendente.
Mantenha o mismo espaço entre as curvas

Para fazer as curvas, outra vez use a lógica: a parte fina sobe, a parte grossa desce. Ou seja, suba unicamente com a ponta do pincel e desça pressionando um pouco as cerdas. Não se trata de uma regra aleatório, mas, antes, obedece à disposição das fibras do papel.
Para curvas elegantes, gire suavemente o pincel na hora de fazer o movimento contrário. Procure manter a distância entre as curvas e assegure-se de que os traços sejam paralelos. Isso o ajudará a criar um padrão para as letra que começará a desenhar mais adiante.
Preste muita atenção às formas ovais

É um dos traços mais importantes, já que compõe a base de diversas letras. Para a forma oval, você desenhará da esquerda para a direita, subindo com um traço fino, apertando o pincel no alto da curva e descendo-o com traço grosso, voltando a fino antes de chegar à curva inferior, que conectará as duas partes.
Preste sempre atenção no equilíbrio entre grossos e finos na forma oval. Ou seja, assegure-se de que a parte grossa não fique toda concentrada em cima ou embaixo da letra; é importante não se esquecer das transições entre grossos e finos no ponto correto, ou seja, nas curvas superior e inferior. Treine bastante essas transições e repita o desenho o número de vezes que julgar necessário para se aperfeiçoar.

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