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O que é e como fazer um mood board para design de interiores?
Conheça as características e funções desta ferramenta criativa do design de interiores
Todo criativo precisa de inspiração, disso não há dúvida. Mas há uma diferença entre a que vive em cada criativo de forma latente e aquela que consegue transcender em um projeto materializado. Essa variável é a sistematização e o trabalho de ordenar idéias, preferências e elementos que rondam a imaginação.
Por mais complexa que a frase anterior possa parecer, ela não é, e o mood board é a ferramenta criativa que prova isso. Descubra abaixo o que você precisa saber para criar seus próprios murais de inspiração para design de interiores.
É necessário um mood board em design de interiores?
Como em qualquer outro tipo de projeto criativo, sim. Não apenas como referência estética, mas para brincar com combinações e definir as texturas e materiais que usará para trabalhar. Colocar suas ideias em um mood board ajudará a definir a direção do seu projeto.
Para @decostudio, o mood board serve para apresentar, transmitir a essência, o conceito e o estilo do projeto que se propõe. É o ponto de partida indispensável para organizar nossas ideias. É uma maneira de ordenar visualmente todos os frutos de nossa pesquisa e proposta.
Por onde começo?
O processo para criar um mood board pode ser tão livre quanto você desejar. No entanto, esses conselhos o ajudarão se você não souber muito bem por onde começar.
Primeiro: prepare-se para classificar
Se o mood board é o passo seguinte a conceber uma ideia, então deve ser levado a sério. Prepare-se para criar o hábito de procurar referências, mas também de classificar e organizar, sem que isso cause estresse. A realização do seu mood board deve se tornar um hábito organizado que dá o primeiro toque realista à execução do seu projeto.
Ana Milena Hernándes, do @masquespacio, recomenda que você organize pastas e arquivos (físicos e digitais) de diferentes materiais que chamem sua atenção. Por exemplo, você pode organizar pastas por espaços, como cozinha, banheiro, piso etc.
Encontre o sentido e o estilo visual
Um dos pilares do design de interiores (e dos projetos visuais e plásticos em geral) é a paleta de cores. Você deverá garantir que seu projeto tenha harmonia. Por isso, a menos menos que tenha conhecimentos de design gráfico, recomendamos o uso de geradores de paleta de cores como Coolors, um aplicativo gratuito que permite criar suas próprias gamas de cores e experimentar diferentes combinações de cores de maneira simples e amigável.
Reúna todas as imagens que puder
Recortes de revistas, fotografias dos acessórios que você acha que podem fazer parte de suas composições de decoração etc. Para este ponto, você pode recorrer a qualquer tipo de fonte: desde seus livros favoritos de design de interiores a plataformas da Web como Pinterest, Instagram, Behance, Flickr ou Designspiration.
Não se limite, pois o processo de seleção e filtragem ocorrerá automaticamente mais tarde. É importante observar que você não precisa apenas procurar imagens de móveis ou utensílios domésticos. O importante é que a imagem usada desperte uma emoção ou inspire você.
Identifique conceitos-chave
Uma vez que tenha pronta a colagem das imagens que chamaram sua atenção e despertaram sua inspiração, analise-as cuidadosamente e identifique quais são as constantes: tonalidades, silhuetas ou formas particulares, tendências de decoração que se destacam das demais etc.
Tente verbalizar essas constantes e crie uma lista de palavras. Este será o seu primeiro grande guia para começar a filtrar e delimitar seu projeto de decoração.
Começa a parte difícil: filtrar
Com base nos conceitos que definiu, você criará automaticamente um estilo que deverá refinar gradualmente. O mais recomendável é comparar os elementos da colagem que você montou no mood board e selecionar, um a um, aqueles que mais representem a ideia original e façam você se sentir mais confortável a respeito da estética e da realização.
O objetivo desta etapa é reduzir ao mínimo possível o número de imagens para que sua ideia se torne um plano viável.
Físico ou digital?
Não importa se você trabalha com seu mood board de forma física ou digital. No entanto, é preciso dizer que o estudo de texturas pode ser muito mais revelador quando você testa seus contrastes fisicamente em superfícies, acessórios e outros elementos.
O mais recomendado é que você comece com o analógico e, depois de definir o conceito, vá para a digitalização para brincar com o arranjo das ideias.
Para esta etapa, é uma boa ideia usar programas de design como o Illustrator ou Photoshop ou plataformas gratuitas como o Befunky, que permite montar esquemas no formato mood board. Neste vídeo, você verá um exemplo de uso dos programas:
Para a etapa analógica, você pode usar como base o material que deseja e a posição que melhor ajude a vê-lo: um papelão no chão ou na escrivaninha ou uma cortiça ou tecido pendurado em alguma parede. Isso vai depender apenas da sua preferência.
Neste vídeo, você verá a técnica usada para o conceito de uma loja de roupas:
A regra de ouro
Técnicas e tempos não importam tanto quanto o resultado. Se você quiser saber se o desenvolvimento do seu mood board está no caminho certo, a única coisa que você precisa se perguntar é se o que vê representa a concepção da ideia original.
Lembre-se: o mood board é uma ferramenta que tem o objetivo de projetar sua essência, estilo e personalidade.
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