Ilustração

O que é Sumi-e?

Conheça a origem e as bases desta bela técnica pictórica oriental

O Sumi-e (sumie) é uma técnica ancestral de desenho monocromático, baseado no uso da tinta nanquim, original da pintura chinesa e introduzida no Japão em meados do século XIV. Seu nome provém das palavras sumi, que significa tinta, e pintura. Sua origem se refere à dinastia Tang (618-908) e foi introduzido no Japão pelos monges budistas.

O budismo zen é uma religião de autodisciplina, desapego, contemplação e respeito com a natureza, e por isso que o Sumi-e incorpora esta religião e filosofia: em sua concepção não se faz distinção entre o inanimado e o animado. Não há classificação, nem fileiras; e portanto, o artista de Sumi-e representa somente o essencial dos elementos, ou seja, não se detém nos detalhes.

'Pinos' de Hasegawa Tōhaku (1539–1610)
'Pinos' de Hasegawa Tōhaku (1539–1610)

Evolução da técnica

Originalmente, para o Sumi-e só se utilizava nanquim em formato de barra; se esfrega contra uma pedra plana enquanto se mesclava com água. Desta mistura se obtém diferentes densidades de acordo com as necessidades do artista e sua obra, que sempre era monocromática.

Ao chegar no Japão, a técnica se nutriu da pintura originária do país, como o uso do pincel de pelo fino com alça de cana de bambu, usado para realizar a técnica de traço fluído; a aguava (técnica pictórica que mistura diferentes quantidades de água ou álcool de diversas tintas, para obter tonalidades mais espessas que a aquarela); e o suporte tradicional, o papel de arroz. Atualmente, se combina com técnicas como a aquarela e a guache.

Flor Kaneshiro
Flor Kaneshiro

A técnica, o pintor e os quatro nobres

Na China e no Japão, a pintura é uma extensão da caligrafia, por isso que as pinceladas do pintor de Sumi-e precisam se fundir com a natureza; devem ser suaves, sem buscar o controle absoluto. Desta maneira, o caráter do artista é revelado.

É com isso que o aprendizado do Sumi-e inicia, com o estudo de quatro plantas e suas formas para aprender os traços principais, conhecidos como os quatro nobres: a orquídea que representa a primavera; o bambu para o verão; a flor crisântemo o outono e a ameixa em flor para representar o inverno.

Uma das características do Sumi-e é a não utilização de linhas muito marcadas e figurativas: isto faz com que os elementos de uma pintura somente apareçam suavemente com as pinceladas, algumas manchas ou linhas muito suaves.

'Aves e flores' de Hua Yan (1747)
'Aves e flores' de Hua Yan (1747)

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