Stefano Maglovsky

Se fosse hoje, eu teria várias fotos com meu avô José pintando, desenhando, rabiscando, conversando e sempre aprendendo. Mas para o bem ou mal, quando os selfies começaram, ele já havia nos deixado.

Ainda bem que ele deixou um pouco de seu talento comigo. Sempre estimulados a observar as coisas ao nosso redor como água do mar perto da praia e lá no fundo, em alto mar, os pássaros no céu, como o vento muda a areia de lugar, as orquídeas, favoritas do vô, com suas variações de padrão e cor. Tudo isso passado com muito carinho e atenção pelo avô, que além de muitas coisas, sempre foi um grande amigo.

No final da década de noventa, fiz algumas aulas de pintura com ele. Mistura de cor, tipos de tinta, a escolha de temas e motivos, esse tipo de coisa. Com uma ajuda ou outra me saí até bem. E quando a aula acabava, era hora do café da tarde com a avó Bárbara. Tempos inesquecíveis.

Mais tarde me tornei músico e designer. Neste processo conheci pessoas interessantes, também eram ligadas à arte e que foram fundamentais no meu constante processo de desenvolvimento.

Dizem que só a arte transforma. Gosto da frase do escritor Michael Ende – "Afinal, é apenas isso que procuramos, envolver poesia nas nossas vidas, encontrar poesia na própria vida."

Sou formado na Escola de Design e há 20 anos atuo como designer gráfico, diretor de criação, diretor de arte e game designer. Desde o começo da carreira, fui um adepto do Design Think, dei aulas de UX na Miami AD School e workshops. Sou especializado na criação de marcas e identidade visual e também sou músico, criando principalmente trilhas para games e filmes.