Posso me dizer que ainda não sei quem sou, mas tenho muita vontade de descobrir. Acredito que eu passo cada dia da minha vida tentando me entender, o que demonstra que, no mínimo, sou alguém que sente muito. Passei boa parte da minha vida reprimindo isso e, de um tempo para cá, tenho entendido que posso usar minha sensibilidade a meu favor. Desde que tive contato com uma câmera, eu transito entre fotografar retratos e a natureza do quintal de casa. Paralelamente, fui crescendo e tive que enfrentar a crueldade do mundo, principalmente como mulher. Como consequência, minha insegurança cresceu exponencialmente e comecei a duvidar do meu valor e talento. No entanto, a minha vontade de ser boa, de evoluir e de fazer com que outras mulheres não se sintam da mesma forma, me dão forças. Recentemente, entendendo melhor esse panorama, a fotografia tem sido uma grande aliada para que eu expresse esse turbilhão de sentimentos.
Anna Cintra
