5 dicas para arrumar a sua coleção de contos

Olá, eu sou a Cecília e estou aqui para partilhar convosco aquelas que, para mim, podem ser as 5 dicas mais relevantes para arrumar a vossa coleção de histórias.

A coleção de histórias, contos ou estórias pode ser comparada a uma peça musical: a sua peça pode começar subtilmente e terminar com um estrondo de tambores e pratos, ou pode começar com tambores e pratos e terminar com um toque delicado. Outra analogia possível é a de uma casa em que os seus leitores ou espectadores se devem sentir bem-vindos, percorrê-la ao seu próprio ritmo e, finalmente, sair com vontade de a visitar novamente. Assim, seguindo esta imagem, considere as seguintes dicas:
1. A primeira história é a porta de entrada para a coleção
A melhor coisa a fazer quando se trata de cativar leitores e espectadores é começar com força: a primeira história é a porta de entrada para a sua coleção, se não for convidativa, se não propuser as regras do jogo, pode afugentar-nos ou parecer enganadora. Considere uma das suas histórias favoritas e tenha em conta que, para além de gostar muito dela, deve servir como uma amostra do que está para vir.
2. Construa o centro como uma escada ou uma viagem emocional.
O gancho é conseguido com a sua abertura, mas não seja demasiado confiante: o coração da coleção está, como no corpo humano, no centro. É nesta parte que se faz a soma das ideias, das emoções, das personagens das suas histórias e, se os seus leitores ou espectadores seguirem as histórias por ordem, estará a levá-los pela mão na viagem que quer que eles façam.
Se houver uma história que se meta no caminho dessa viagem: tire-a do caminho.
3. Tente sair pela porta grande
A última história deve ser aquela com que identifica o sabor na boca, as últimas impressões e imagens que quer deixar naqueles que visitaram a sua coleção. Para que, quando fechar o livro ou terminar a sequência de vídeo, o que evocou emocional e intelectualmente permaneça flutuante ou convide a pessoa que acabou de fazer a visita a partilhá-la com outra pessoa.
Pode decidir encerrar com uma história tão forte como a primeira, ou com algo aparentemente mais simples, mas poderoso na sua mensagem. Pode decidir encerrar com um toque de humor e ironia, ou pode decidir encerrar com uma história que nos choca, que nos surpreende, que nos faz chorar.
4. Mais vale uma viagem curta do que uma viagem má
Sacrifique as histórias que não lhe convencem para fazer uma coleção mais curta mas melhor, se necessário: haverá contos e histórias que fazem parte da sua experiência anterior para fazer um ótimo produto final. Aprender com aquilo de que não está totalmente convencido é importante para o seu processo criativo, não para o produto final.
5. Reconhecer portas para outras colecções
Pode gostar muito de algumas histórias, mas descobrir que elas o levam a outros lugares emocionais ou a conceitos diferentes: reserve-as para outra construção, para outro caminho. Em vez de as forçar ou descartar, deixe que elas o inspirem e sirvam de entrada para um novo processo, um novo caminho.
Para saber mais sobre como criar uma coleção de contos, histórias, ilustrações narrativas ou curtas-metragens, dê uma vista de olhos no meu curso Conceitos para uma coletânea de contos, onde pode começar com uma coleção de raiz ou dar sentido e ordem às histórias que já desenvolveu e que poderão formar a sua primeira coleção.
Até lá!
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