12 referências da moda ecofeminista que você precisa conhecer

Descubra projetos sociais e designers que promovem ecofeminismo e sustentabilidade no Brasil (e não só)

Já imaginou usar agulha e linha para contar histórias, inspirar e mudar o mundo? Este é o propósito das designers e arte-terapeutas Olivia Silveira e Ana Luiza Nigri (@projetofio), criadoras do Projeto Fio.

Esta é uma marca que vai muito além da moda e atua como um negócio social, capacitando uma rede de mulheres em comunidades carentes do Rio de Janeiro para que possam viver do bordado e usar esta arte como uma linguagem criativa.

O Projeto Fio nasceu em 2017, fruto das insatisfações de Ana Luiza, Olivia e Marina Bittencourt com a indústria da moda e a exploração da mão de obra feminina.

Desde então, o Projeto Fio tece uma história de transformação social, através de mais de 40 mulheres capacitadas que participam nele e desenvolvem peças de roupa e de decoração bordadas em materiais naturais e biodegradáveis.

Para ajudar você a descobrir outros projetos ecofeministas e sustentáveis, Ana e Olivia compartilham abaixo suas principais influências e referências no mercado. São marcas, projetos sociais e artesãs que ajudam, como elas, a promover a transformação de negócios de moda com mulheres em posição de destaque.

O termo ecofeminismo terá sido utilizado pela primeira vez em 1974, por Françoise d`Eaubonne, que, em 1978, fundou, na França, o movimento Ecologia e Feminismo. Entre as principais preocupações ecofeministas estão as relações entre ciência, mulher e natureza.

Projetos sociais

1. Modefica

Modefica é uma organização sem fins lucrativos que produz e dissemina conteúdo multimídia sobre questões socioambientais a partir de uma perspectiva ecofeminista.

Os conteúdos envolvem moda, sustentabilidade, feminismos e ecologia.

2. Catarina Mina

Outro negócio social que, assim como o Projeto Fio, atua na capacitação de mulheres artesãs na moda.

Há 12 anos, a marca Catarina Mina investe numa moda focada em quem produz, concentrando seus esforços em questionar, repensar, refletir e tomar decisões levando em consideração um coletivo.

É um projeto interessante que aborda também moda e futuro sustentável.

3. Linhas de Sampa

Este coletivo se inspira no Linhas do Horizonte, um coletivo de Belo Horizonte, de esquerda, que se expressa através do bordado.

No perfil do Instagram, o Linhas de Sampa compartilha diversas criações e obras que questionam desigualdades sociais e outros temas contemporâneos.

4. Mulheres do Jequitinhonha

Mulheres do Jequitinhonha é um projeto sociocultural com objetivo de fortalecer mulheres de comunidades rurais para que possam ser autônomas e protagonistas da própria história.

Além da geração de renda, o projeto ajuda na melhoria da saúde mental, emocional e física; no fortalecimento da identidade individual e comunitária; na consolidação de vínculos e de uma rede de apoio e na descoberta de talentos escondidos.

Os grupos Bordadeiras do Curtume, Tecelãs de Tocoiós e Mulheres da Ponte participam da iniciativa, que desde 2021 possui também o apoio do Fundo de Combate de Violência Contra a Mulher, criado pelo Magazine Luiza.

5. Fashion Revolution Brasil

Este é um movimento global que luta por uma indústria da moda que valorize as pessoas e o planeta acima do dinheiro.

Através do Instagram, publicam conteúdos, críticas, reflexões e informações sobre o mercado de moda atual. Ideal para se manter em dia com as principais discussões do momento.

Marcas

6. Flávia Aranha

Marca cheia de história, Flávia Aranha carrega nas roupas o valor de muitas mãos e técnicas artesanais, criando um produto delicado e valioso.

Desde 2016 é uma empresa certificada pelo Sistema B, iniciativa atuante em mais de 50 países que consolida a transparência nos processos de produção e as preocupações com os impactos socioambientais, colocando-os nas prioridades da gestão de uma empresa.

7. Voador Tecelagem

Fundada em 2016 pela designer Valentina Saldanha, Voador Tecelagem é um ateliê que trabalha na criação e confecção de tapetes e tapeçarias decorativas, nas técnicas de kilim, tufting e pinturas em lona de algodão.

As obras são incríveis e feitas de maneira 100% artesanal.

8. TA-DAAN

Esta é uma comunidade criativa que reúne pessoas, artistas e artesãs interessadas em artesanato, sustentabilidade e criatividade.

Além dos conteúdos relacionados ao tema, o projeto dá visibilidade a pequenos negócios, ajudando a promover boas ideias através das vendas na plataforma.

Vale à pena acompanhar para comprar de outras artesãs e descobrir boas inspirações e referências.

Designers de moda

9. Tessa Perlow

Tessa é uma artesã de New Jersey, nos Estados Unidos da América, que possui um trabalho exuberante feito através de bordado à mão e tecidos reciclados.

A estética esotérica e colorida dá um toque especial à cada peça.

10. Marina Colerato

Marina não é exatamente uma artesã, mas ajuda a promover grandes reflexões no mercado.

Interessada em movimentos socioambientais, é formada em Design de Moda, coordena o Modefica e atua como pesquisadora independente dentro do escopo da moda, gênero e meio ambiente.

Ela é também co-fundadora da agência Futuramoda e criou o Buen Vivir Book Club, clube de leitura para pensar sustentabilidade a partir de uma perspectiva latino-america.

Outras iniciativas

11. Documentário The True Cost

Este é um documentário que denuncia as práticas perversas e abusivas da indústria da moda. Filmado em diversos países, The True Cost mostra em detalhes os bastidores da indústria, através de entrevistas com os principais influenciadores do mundo, incluindo Stella McCartney, Livia Firth e Vandana Shiva.

O projeto provoca uma reflexão profunda e pretende alertar para o que está ao nosso redor e para a vida de pessoas e lugares por trás das roupas que compramos e vestimos.

12. Museu Bispo do Rosário

Um grande centro de inspiração, o Museu Bispo do Rosário - Arte Contemporânea é responsável pela preservação, conservação e difusão da obra de Arthur Bispo do Rosário – um dos expoentes da arte contemporânea, reconhecido internacionalmente.

Arthur usava o bordado para criar seus estandartes e fragmentos de tecido, além de materiais como canecas, pedaços de madeiras, arame, vassoura, papelão, fios de varal, garrafas e muito mais.

A instituição promove mostras e exposições, além de oferecer uma série de programas educativos voltados para todas as idades, gratuitamente.

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