a pseudo-resenha sobre 14 discos dos beatles

A discografia remasterizada contem 14 discos, horas de músicas — ok, você não tem tempo e talvez nem goste tanto de Beatles a ponto de se interessar.

Recomendo pegar um dos discos, o Abbey Road — penúltimo disco a ser lançado, mas contendo algumas das últimas gravações — nele não tem nada de “você sabe, eu te amo”, “ela ama você” ou “eu quero pegar na sua mão”.

Minha sugestão é: coloque para ouvir o “medley” do Abbey Road, as músicas de “You Never Give Me Your Money” a “The End”, são 16 minutos de faixas curtas conectadas umas às outras que vão fazer você ver Beatles com outros olhos.

“You Never Give Me Your Money” trata-se de Paul falando dos problemas financeiros.

Em “Sun King” os caras cantam uma mistura de francês, espanhol, italiano e português.

John escreveu “Mean Mr. Mustard” após ouvir a estória de um indiano que guardava dinheiro ‘onde não bate sol’.

“Polythene Pam” é uma homenagem a um fã do início de carreira.

“She Came in Through the Bathroom Window” também é sobre fãs, dessa vez sobre uma mulher que entrou pela janela do banheiro de Paul McCartney.

“Carry That Weight” tem um refrão empolgado cantado por todos os quatro acompanhados de uma orquestra.

Mas ao meu ver o destaque maior vai para “Golden Slumbers” e “The End”.

“Golden Slumbers” é baseada em um poema de 1603, tem um minuto e meio de duração, mas para dissecá-la poderia levar horas. Basta dizer que no primeiro verso tem um baixo casando perfeitamente com o piano e quando você começa a achar que o Paul deve ter gravado essa sozinho acompanhado talvez de um único violoncelista sentado ao fundo da sala é aí que entra então uma virada simples, mas concisa do Ringo, que em seguida passa a bater nos pratos como um louco durante o refrão.

Repara que em “Golden Slumbers” Paul McCartney por segundos abandona aquele estilo de cantor bom-moço e solta um grave de botar inveja em James Hetfield quando canta “sorrisos lhe esperam ao acordar” — o que faz a frase soar completamente sínica.

“The End” é um desfile de solos, o único solo de bateria do Ringo na discografia dos Beatles está aqui, o solo de guitarra é tocado pelos outros três nessa sequência Paul, George e John — sem falar que esta foi a última faixa a ser gravada pelos quatro Beatles juntos.

Não foi o meu primeiro contato com Beatles, no meu caso o primeiro disco que ouvi foi o White Album por volta de 1984, disco esse que considero o melhor deles — mas sobre esse eu nem me atrevo a começar a escrever!

Abbey Road é um disco bem rock n’ roll e durante as gravações sempre foi essa a intenção de Paul McCartney. Claro que a intenção aqui é despertar o interesse pela discografia, cada disco tem sua particularidade e alguns podem até não admitir, mas os Beatles influenciaram tudo na música pop.

https://medium.com/@ailtonribeiro/a-pseudo-resenha-sobre-14-discos-dos-beatles-af29a9abf0bb

Artigo sobre os discos remasterizados dos Beatles. Escrevi porque gosto muito da banda e acredito que o artigo tem a contribuir tanto para quem conhece quanto para quem não conhece a banda. Utilizei o Medium como ferramenta de edição, o YouTube para as referências e links e a imagem procurei no Google por uma imagem com mais de 1200px de largura. Originalmente publiquei no Medium há algum tempo está com o nome de @ailtonribeiro, hoje utilizo um pseudônimo @nuzy.r link para artigo original: https://medium.com/@ailtonribeiro/a-pseudo-resenha-sobre-14-discos-dos-beatles-af29a9abf0bb