O que é um Toy Art?

São brinquedos ou arte? O que representam? Quem determina seu preço? Luasio López responde
Para muitas pessoas, o encanto das peças de Toy Art reside precisamente na dificuldade em defini-las. Para Luaiso López (@luaiso_lopez), designer gráfico e ilustrador espanhol, a resposta está em compreendê-los por sua essência: são personagens figurativos usados para exposições, eventos ou consumidos por colecionadores particulares.
Para compreender a sua natureza, Luaiso partilha um pouco da história destes objectos icónicos que, independentemente da forma, preço ou valor que lhes seja atribuído de forma pessoal, estão hoje estão na mente e nas preferências de milhões de pessoas em todo o mundo.

Um pouco de história: o começo
Era setembro de 1999 quando o artista de Hong Kong Michael Lau expôs sua coleção Gardeners, inspirada no personagem G.I. Joe e adaptada a uma estética urbana: tatuagens, piercings e skates. Para muitas pessoas, esse foi o gatilho para o que se tornaria a gigantesca onda cultural e de marketing que os art toys representam hoje.

Logo depois, empresas como Medicom e Kidrobot começaram a fabricar suas próprias figuras customizáveis, atraindo o interesse de colecionadores que encontraram nesses objetos - inicialmente feitos de vinil - mais uma forma para direcionar a paixão por diversos personagens da cultura pop. Isso, por sua vez, despertou o interesse de museus e galerias de todo o mundo em expor essa nova forma de conceituação e os art toys se posicionaram como uma nova forma de expressão artística.
Brinquedos ou arte?
As opiniões permanecem divididas. No entanto, um bom ponto de partida é reconhecer o trabalho de design e abstração por trás de cada um deles. Porque não são apenas réplicas, mas representações particulares que, em muitos casos, servem como interpretações pessoais dos seus criadores e essa é, precisamente, a origem do valor que podem ter como objetos de coleção.

E sim, seus designs geralmente são baseados ou inspirados em brinquedos ou personagens, cujo público-alvo inicial são crianças. Porém, as peças resultantes possuem um mercado diversificado, que não as busca justamente para brincar com elas, mas para expô-las como uma declaração pessoal sobre seus gostos, paixões e hobbies.
No final das contas, não importa qual seja o uso final do objeto de Toy Art: seu design é apreciado por diferentes pessoas, especialmente por criativos.

O seu próprio Toy Art
Se quiser aprender a esboçar, desenhar e fabricar uma dessas peças, recomendamos o curso Criação de um Toy Art, de Luaiso López (@luaiso_lopez). Sua primeira edição limitada Zombie Mario esgotou semanas após seu lançamento em Singapura pela Pobber Toys. Ele também projetou um Zombie Popeye para a Medialink no aniversário de 90 anos do personagem e participou de várias exposições nas quais foi reconhecido como uma referência cultural.
Outro curso da Domestika na área é Criação de um Toy Art: técnica de feltragem com agulha, da portuguesa Maria Filipe Castro, que assina seus trabalhos como "droolwool" (@droolwool). Uma Toy Artist especializada na técnica de feltragem com agulha, também conhecida no mundo das artes manuais como needle felting. Para criar seus personagens adoráveis e coloridos, no estilo cute, droolwool busca inspiração nas duas coisas que mais gosta: comida e natureza.


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