Sou professor de dança de salão na cidade de Porto Alegre - Rio Grande do Sul/BR, durante muitos anos achei que minha vida estava definida em apenas trabalhar com educação física, pois achava ser bom em esportes, até fiz testes em alguns times de futebol dentro e fora da minha cidade, iniciei aos 16 anos em uma turma de capoeira, quando sai do colégio cursei Educação Física e trabahei como professor em escolas de educação infantil ensinando Capoeira para crianças de forma lúdica, aproveitava bastante as cadeiras da faculdade, tanto de recreação quanto motricidade, no meuo do percurso iniciei em aula de jiujitsu, e adorava as camisetas das academias escrito competidor e o nome da equipe na frente. Em uma vida de metro da faculdade mostrei um desenho para uma colega, que havia feito de forma arcaica no paint e word, de uma camiseta que achava legal para a equipe de jiujitsu que eu estava fazendo parte e ela disse: " Por que você está perdendo tempo com educação física? Você gosta de roupas, de arte das camisetas, por que não se dedica a isso??" no outro semestre parei a faculdade e iniciei em um curso técnico de computação, não era o que eu esperava, acabei não chegando ao final do curso, pois antes disso o curso pediu falência. Na mesma época machuquei o ombro em uma competição de jiujitsu, fiz fisioterapia e, como não tinha "sono" acabava indo para as sessões de fisioterapia praticamente "virado" da noite anterior. A minha fisioterapeuta comentou que eu não conseguia dormir por ter tido uma interrupção brusca na rotina, onde eu treinava 3h por dia de segunda a sexta e tinha muita energia pra gastar, e como havia praticamente parado com tudo, não tinha como gastar essa energia, (tempos bem diferentes dos atuais), ela então me recomendou fazer uma aula de dança de salão para reforçar o ombro pelo postura do abraço, fiz durante um mês, e um certo ocorrido me marcou bastante... fui convidado para uma festa de dança de salão e encontrei uma das monitoras das escola a qual estava fazendo aula, fui chamar ela pra dançar e ela negou, alegando estar cansada, eu me virei e ela saiu pra dançar com outra pessoa... isso me chateou muito, tanto que não dancei, após o ocorrido fui embora e no mês seguinte voltei a treinar jiu-jitsu, machuquei novamente, mudei da zona Sul para a Zona norte e parei de vez. No mesmo ano fiquei em contato com uma ex colega de colégio que estava danado aulas de dança do ventre, acompanhei ela em um evento na Serra Gaúcha e me fascinei, na volta ajudei ela em seu evento de confraternização de final de ano com as alunas onde comecei a trabalhar com a parte gráfica, usando o Corel Draw e com confecção de camisetas. No ano seguinte, já não mais em contato com a dança do ventre, inicie aulas de street dance, apesar de ser o mais velho da turma achava o máximo todo aquele ritual e movimento, dois anos depois ganhei uma bolsa de dança de salão, e mais dois anos fiz um curso de capacitação para professores de dança de salão, o que me fez resgatar muitas coisas da faculdade de educação física. três anos depois voltei a praticar jiujitsu, depois de 10 anos parado e também voltei a faculdade.
Cursei mais dois semestres na faculdade e no jiujitsu voltei do zero, era apenas 4 graus da faixa branca, então pratiquei até o segundo grau da próxima faixa, a faixa azul, e no final do ano quebrei um dedo da mão... demorei um pouco pra voltar pois precisava me cuidar mais, precisava de todos os dedos tanto para a produção das camisetas quanto para as aulas de dança de salão. Sou amante das artes marciais, e sempre ficava fascinado com a camaradagem que rolava entre os praticantes de jiujitsu no geral... Certa vez estava dando aula em turma e haviam dois cavalheiros grandes na turma, quando falei para encontrar uma dupla e formar um par, na hora do abraço a menina abraçou de uma forma que prendeu o braço de um desses rapazes, na hora ele disse e fez o movimento de "esgrima", quem é do jiujitsu sabe o que eu estou falando, eu na hora identifiquei e falei "Oss" e a partir dali quebrou o gelo e o clima ficou maravilhoso. E uma das conversas o mais graduado deles perguntou: você treina onde? eu então falei que não sabia nem onde estava o meu kimono, prontamente ele disse: te empresto, te trago um amanhã, não importa onde você for treinar, volta, não para! Isso me deu outro olhar diferente para o jiujitsu, o cara nem me conhecia... Em outra ocasião, fui contatado para produzir as camisetas da graduação de uma das maiores equipes de jiujitsu do RS e do Mundo, a Atos, a qual meu antigo professor fazia parte e onde tenho muito carinho. Quando entreguei o material fiquei com aquele sentimento de querer estar ali, de pertencer, e como fazia tempo que não treinava e não sentia isso, fiquei com esse sentimento martelando na minha cabeça... Fiquei tentando encontrar uma maneira de trazer isso para a dança de salão... mas como?
No mesmo ano que pesquisei sobre graduação de dança de salão, pois havia escutado relatos de uma escola de forró que fazia essa graduação baseada nas cordas da capoeira, mas sendo uma pulseira com a cor da graduação...
Após muita pesquisa e busca por maneiras de executar o meu plano, monte uma "graduação de dança de salão" baseada no jiu-jitsu, pois foi lá que tive todas as sensações maravilhosas as quais gostaria de replicar para meus alunos de dança. Faço parte de uma rede de escolas de dança de salão, com 35 unidades espalhadas pelo Brasil, e é extremamente organizada, com um conteúdo programático de aula pré estabelecido, o que não é obrigatório seguir a risca, serve de apoio para os professores, mas os responsáveis pelos planos de aula, planejamento e manutenção destas aulas é o próprio coordenador de sua unidade ( Escola de Dança ). Fui criado e formado nessa rede de escolas desde o ano que havia feito o Curso de Capacitação, o que facilitou muito a construção da estrutura do meu projeto de graduação.
Devido todos os ocorridos durante esses dez anos praticando e ministrando aulas, pensei em uma forma de não deixar acontecer com os alunos o que aconteceu comigo, então separei o conteúdo de repertório em níveis que, após chegar no intermediário, para alcançar o próximo nível não adiantaria apenas dançar bem, os alunos tem que "virar anjos" de um aluno ou mais, e encorajar para ir nos bailes, dançar uma música com os que são mais iniciantes, acabando severamente com a segregação por níveis, promovendo assim a interação das pessoas como um todo. A forma encontrada para o "simbolo" da graduação, que no jiu-jitsu são a faixas, no nivel iniciante são os certificados, nos quais vão um selo de sinete, gravado em cera com o logo da escola, representando a cor da graduação. Já no inicio do intermediário, há uma "jóia da graduação", representado por um pingente, com o logo da escola, "cravado" uma pedra azul, referente a cor do nível que o aluno alcançou.. Após são adicionadas novas pedras, com cores de acordo com o nível alcançado. No jiu-jitsu, as cores puras após a faixa branca são: azul, roxa, marrom, preta e vermelha. Na graduação da Dança de Salão há algumas variações entre as cores puras, nas quais é adicionado a cor cinza, representando sempre a mescla do inicio com o próximo nível, o que simboliza sempre o não esquecimento da raiz, do nível o qual começamos e que devemos sempre incentivar novos praticantes a dançar.
A minha busca por estudar o storyteling é expressar minha história da forma e técnica correta, pois tenho muito para contar, tenho buscado ser autêntico e incorporar eu gosto pessoal e vivências no meu trabalho com a dança, mesmo com muita experiência e estudo acho que não sou interessante, acreditando até mesmo em ser uma fraude. As aulas ( até este momento, tem muito ainda para ver ) estão me ajudando a perder essa fobia, esse medo e acredito que sairá um projeto maravilhoso!
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- Wagner Camargo – @wagnercamargo
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