Sou filho de fotógrafo de subsistência. Ele tinha sido lavrador, mascate e depois começou a fotografar, pois foi a maneira que encontrou para sustentar a família, sabe-se lá porque e como ele encontrou este caminho. Diz a lenda que ele iniciou nesta carreira logo que eu nasci, isso era lá pelos idos de 1976. Portanto, ainda era uma época em que as pessoas contratavam um fotógrafo para registrar os primeiros anos de vida de uma criança. Os temas principais dele eram crianças recém nascidas, batizados, aniversários, festas de escolas e tudo mais que trouxesse algum sustento. Então, logo cedo na minha vida, fui acostumado a acordar de manhã com a mesa da sala de casa cheia de fotografias e negativos espalhados enquanto meu pai comentavam as melhores e piores fotos, sem muita propriedade técnica, mas com um senso crítico muito apurado. Assim fui aprendendo a ter um gosto por olhar fotografias, achando interessante observar aquelas pessoas congeladas no papel. As que ele tirava em batizados, crismas, primeira comunhão e festas de escola eram as minhas preferidas, pois tinha mais gente e eu imaginava mais histórias. Com tudo isso, não fui para o ramo da fotografia, pois era desencorajado pelo meu pai que dizia que foto não dava futuro. Em tempos difíceis de conseguir informação e morando em uma cidade do interior de São Paulo, fui acreditando e deixando isso meio de lado. Mas sempre que podia, pegava as câmeras dele e ficava brincando de fotografar sem filme. A primeira câmera que tive, foi somente depois de casado, em 2003. E a primeira vez que fotografei com outro olhar foi em minha lua de mel em Curitiba. Ainda com filme! A partir daí a vontade de fotografar voltou com força. Depois desta viagem tenho feito muitas outras com minha esposa e sempre reservo um bom tempo nelas para fotografar. Comprei uma daquelas primeiras câmeras digitais populares logo depois da viagem de Curitiba, em seguida fui para os celulares com boas câmeras, mas, só recentemente, senti a necessidade de comprar a minha primeira DSLR, agora estou num caminho sem volta. Nessa trajetória de vida fui professor de língua portuguesa por 16 anos e agora sou Coordenador Pedagógico, sou apaixonado também pela pedagogia e sempre que posso uno fotografia e educação, isso da muito certo. Hoje tenho uma estabilidade financeira legal e decidi investir um pouco mais na fotografia. Adoro fotografar paisagens e recentemente estou me desafiando a fazer fotografia de rua, com uma proposta de fotografar todos os dias meu caminho para o trabalho. Importante dizer que moro atualmente na cidade de Suzano e trabalho no extremo leste da Cidade de São Paulo, o caminho que faço é por uma estrada conhecida como Estrada do Cambiri. A paisagem toda se mescla entre a beleza natural, moradias muito simples e chácaras com enorme plantações de hortaliças. Por isso, a proposto do curso me cai como uma luva! É o momento criativo que vivo: extrair do banal a beleza.
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- SILVANO ALVES SILVA – @siuvanusas