Olá, @fabianoknop
Obrigado por concluir o curso e enviar seu projeto.
Pelo título, imagino que seja um diário de viagem por Portugal, correto?
Seu olhar é bastante clássico e se dirige a cenas cotidianas de uma forma muito elegante. Há uma uniformidade no seu jeito de enquadrar, e a luz, na maioria dos casos, é suave e uniforme, e acho que isso seja parte do seu estilo. Você resolve bem as cenas que encontra, com diferentes recursos.
Eu acho particularmente interessantes algumas cenas que também funcionam como metáforas, além da descrição dos fatos presenciados e narrados. O melhor exemplo disso é a foto 6, do senhor empilhando as pedras. A 9, do homem com os pombos, também vai pelo mesmo caminho. Há uma poesia extra nelas que me agrada muito.
Outro ponto forte do seu trabalho está nos pequenos gestos, como na foto do músico, da moça elegante na janela do bonde e nas duas mulheres de véu.
Seu trabalho com as cores é bem marcante, por isso fico em dúvida se colocaria fotos em PB na mesma série. Talvez elas mereçam um espaço diferente. No mais, penso que é continuar fotografando e aguçando o olhar, teu trabalho só tem a crescer.
Grato pelo teu retorno Gustavo. Feliz com as tuas colocações!
Estou buscando uma forma de fotografar na rua. E tu acha rum criar uma paleta de cores própria
ou eu preciso seguir a risca as cores.
A rua é totalmente diferente e é preciso estar atento aos detalhes e até antecipando acontecimentos.
Eu vejo sim muita poesia na rua, um mondo novo a todo instante, principalmente nas grandes cidades.
Diferentemente da cidade que moro atualmente e quem sabe está aí um grande desafio aonde praticamente nada acontece.
Grato mais uma vez...
Uau Fabiana! Acho lindo seu trabalho. Elogios! Algumas fotos são realmente poderosas, muito poéticas, tocam a alma. Quase parece que as pessoas estão falando com seus arredores. O homem de chapéu vermelho e cigarro na boca parece estar falando com as pedras e lhes confidenciando seu estado de espírito. Na foto seguinte gosto muito da menina do graffiti com os cabelos ao vento e a mão do homem que parece acariciar a esfera. Há muita harmonia cromática e um certo movimento que despertam em mim algo mágico. Linda também é a imagem das duas mulheres de véu que estão na rua, cada uma com seu carrinho. As cores das duas mulheres (o rosa da saia esvoaçante da mulher da direita, o casaco marrom, a borda amarela do cachecol, o cinza e o preto da mulher da esquerda) harmonizam-se perfeitamente com o fundo azul da prédio. E o seu olhar, o seu sorriso, o gesto arrebatador dos seus braços falam-me da alegria e da surpresa do seu encontro. É como se estivessem num mundo à parte, isolados de tudo, numa espécie de bolha suspensa no ar e fora do tempo. Poesia pura. Da mesma forma a imagem do homem com os pombos, que dispensa palavras, fala por si e que tem na sua simplicidade a força da sua beleza. Também acho igualmente bela a fotografia a preto e branco da rapariga no eléctrico com o olhar perdido na cidade e fechada entre os dois homens vistos de costas, cada um enquadrado na sua própria vidraça, e a fotografia a cores da senhora a olhar para fora na varanda, também emoldurada em baixo e em cima pelos terraços, com o amarelo ocre do edifício, tão quente e envolvente, que te abraça e prende o olhar, trazendo-te para a mulher, o azul dos lençóis, o branco dos a cueca e a marca da camiseta que ela está vestindo. É uma imagem que talvez pelas suas cores, pelas suas simetrias e por um certo algo, me fascina.
Obrigado por me fazer viajar para Portugal e sua atmosfera
3 comentários
Olá, @fabianoknop
Obrigado por concluir o curso e enviar seu projeto.
Pelo título, imagino que seja um diário de viagem por Portugal, correto?
Seu olhar é bastante clássico e se dirige a cenas cotidianas de uma forma muito elegante. Há uma uniformidade no seu jeito de enquadrar, e a luz, na maioria dos casos, é suave e uniforme, e acho que isso seja parte do seu estilo. Você resolve bem as cenas que encontra, com diferentes recursos.
Eu acho particularmente interessantes algumas cenas que também funcionam como metáforas, além da descrição dos fatos presenciados e narrados. O melhor exemplo disso é a foto 6, do senhor empilhando as pedras. A 9, do homem com os pombos, também vai pelo mesmo caminho. Há uma poesia extra nelas que me agrada muito.
Outro ponto forte do seu trabalho está nos pequenos gestos, como na foto do músico, da moça elegante na janela do bonde e nas duas mulheres de véu.
Seu trabalho com as cores é bem marcante, por isso fico em dúvida se colocaria fotos em PB na mesma série. Talvez elas mereçam um espaço diferente. No mais, penso que é continuar fotografando e aguçando o olhar, teu trabalho só tem a crescer.
Grato pelo teu retorno Gustavo. Feliz com as tuas colocações!
Estou buscando uma forma de fotografar na rua. E tu acha rum criar uma paleta de cores própria
ou eu preciso seguir a risca as cores.
A rua é totalmente diferente e é preciso estar atento aos detalhes e até antecipando acontecimentos.
Eu vejo sim muita poesia na rua, um mondo novo a todo instante, principalmente nas grandes cidades.
Diferentemente da cidade que moro atualmente e quem sabe está aí um grande desafio aonde praticamente nada acontece.
Grato mais uma vez...
Uau Fabiana! Acho lindo seu trabalho. Elogios! Algumas fotos são realmente poderosas, muito poéticas, tocam a alma. Quase parece que as pessoas estão falando com seus arredores. O homem de chapéu vermelho e cigarro na boca parece estar falando com as pedras e lhes confidenciando seu estado de espírito. Na foto seguinte gosto muito da menina do graffiti com os cabelos ao vento e a mão do homem que parece acariciar a esfera. Há muita harmonia cromática e um certo movimento que despertam em mim algo mágico. Linda também é a imagem das duas mulheres de véu que estão na rua, cada uma com seu carrinho. As cores das duas mulheres (o rosa da saia esvoaçante da mulher da direita, o casaco marrom, a borda amarela do cachecol, o cinza e o preto da mulher da esquerda) harmonizam-se perfeitamente com o fundo azul da prédio. E o seu olhar, o seu sorriso, o gesto arrebatador dos seus braços falam-me da alegria e da surpresa do seu encontro. É como se estivessem num mundo à parte, isolados de tudo, numa espécie de bolha suspensa no ar e fora do tempo. Poesia pura. Da mesma forma a imagem do homem com os pombos, que dispensa palavras, fala por si e que tem na sua simplicidade a força da sua beleza. Também acho igualmente bela a fotografia a preto e branco da rapariga no eléctrico com o olhar perdido na cidade e fechada entre os dois homens vistos de costas, cada um enquadrado na sua própria vidraça, e a fotografia a cores da senhora a olhar para fora na varanda, também emoldurada em baixo e em cima pelos terraços, com o amarelo ocre do edifício, tão quente e envolvente, que te abraça e prende o olhar, trazendo-te para a mulher, o azul dos lençóis, o branco dos a cueca e a marca da camiseta que ela está vestindo. É uma imagem que talvez pelas suas cores, pelas suas simetrias e por um certo algo, me fascina.
Obrigado por me fazer viajar para Portugal e sua atmosfera
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