Sandro Carvalho

Tive meu primeiro contato com câmeras fotográficas dentro de casa com meu pai. Fotografias de família e reuniões de final de semana. Nessa fase sempre estive distante do fazer fotográfico.
Durante a faculdade de Publicidade e Propaganda, o contato em um semestre com a disciplina, fez despertar em mim uma vontade de fotografar e aprender mais sobre o tema, mas minhas condições econômicas me fizeram fazer uma escolha prática, assim, me afastei desta área criativa e voltei minha formação para uma licenciatura em História.
Formado e trabalhando dentro do serviço público senti que não estava completo e precisa retomar antigos processos. Parti, desta forma, para um financiamento e adquiri minha primeira câmera digital, me inscrevi em um curso, na cidade de Porto Alegre.
Esse curso fortaleceu minhas técnicas, mas não as expandiu, pois seu currículo era voltado a uma formação mais artística, mas muito empírica. Para alguém que buscava se encontrar acabou sendo um início, mas ainda sem direção.
Comecei a fazer trabalhos em festas infantis me mantendo ligado ao meu trabalho dentro do serviço público. Os trabalhos em eventos foram surgindo e a monotonia de fotografar o mesmo foi tomando conta do meu trabalho. Me perguntei muito se queria mesmo continuar fazendo isso.
A decisão de continuar veio quando apareceu um trabalho em que resolvi propor algo diferente para a cliente a partir de uma conversa que tivemos. Era uma formanda em psicologia. Durante nosso encontro, ela revelou que na graduação de psicologia dividia seu tempo entre a formação acadêmica e sua outra paixão: a palhaçaria.
Então propus uma sessão em que uníssemos esses dois universos. Fizemos o ensaio no Teatro de Arena de Porto Alegre e é o trabalho que fiz com que mais me identifico.