Conheça o trabalho de Lapin e seu universo fantástico
Confira o trabalho deste ilustrador e urban sketcher francês apaixonado pelos dinossauros, os aviões e as viagens
Lapin (@lapinbarcelona) é um ilustrador francês radicado em Barcelona que se define como "carnettiste" ou ilustrador viajante, pois sempre carrega consigo um bloco de notas e materiais de desenho. Até o momento, preencheu com seus sketches 200 cadernetas, onde representa as aventuras que vive ao redor do mundo, e já publicou 30 livros, incluindo vários guias de viagem.
Quando criança, vivia perto de um pequeno aeroporto, seu pai (um técnico de aviação) tratava de entretê-lo desenhando monstros e seu tio trabalhava como ilustrador para a Disney e muitos outros estúdios de animação. Lapin, como não poderia deixar de ser, queria ser ilustrador, piloto ou paleontólogo. "Meu fascínio por dinossauros e aviões me levou a desenhar esse tipo de coisa." Aos 17 anos, obteve sua brevê. A nomeação como pintor aéreo e espacial oficial do exército francês, em 2019, foi uma realização de sua paixão pela aviação.
Quando era criança não conseguia parar de desenhar! Fazia isso nas paredes da minha casa, embora não fosse a tela preferida da minha mãe… Quando The Wallery me ofereceu a colaboração fiz, com meus desenhos, um papel de parede de colorir para crianças. Elas deveriam pintar onde quisessem para realizar seus sonhos coloridos sempre.
Sobre os dinossauros, afirma: "desenho eles em todos os museus de história natural pelos quais passo". Também adora desenhar em antigos livros contábeis que costuma encontrar em mercados de pulgas.
Lapin começou trabalhando como designer gráfico em Paris antes de trabalhar como ilustrador freelance. Entre seus clientes estão Air France, a cidade de Barcelona, Le Parisien Magazine, PlayStation, Heineken, Porsche e muitos outros. Desde 2016, Lapin leciona no Mestrado em Ilustração e Quadrinhos na Universidade de Elisava e tem participado de exposições pelo mundo.
As 200 cadernetas que preenchi com desenhos nos últimos 18 anos são um legado. Documento minha vida através de milhares de sketches, é uma maneira muito poderosa de me comunicar. Posso expressar minha opinião sobre a gentrificação e a globalização, como faço no caderno sobre Poblenou, meu bairro em Barcelona. Às vezes, me encomendam a descrição de um território, para mostrar a beleza de lugares cotidiano.
Desenhar é uma forma de entender o que se vê e compartilhar. Compartilho a frase de Edgar Degas: “Desenhar não é mostrar o que se vê, mas o que se pode fazer os outros verem”.
Depois de um triste incidente com amigo, Lapin decidiu:
A vida é muito curta para não seguir seus instintos. Deixei meu emprego no mês seguinte e nunca me arrependi. Viver das próprias paixões é o melhor conselho que recebi, é muito melhor do que escolher um emprego pelo salário. Às vezes é difícil chegar ao fim do mês, mas nunca fico entediado com o que faço. Preciso desenhar e criar todos os dias para me sentir bem. É muito mais do que um trabalho, é um modo de vida.
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Versão em português de @ntams.
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