Finalista Parati em Foco
por Jesús Pérez @chuseto
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"Guardiões, Paulo Paulinho Guajajara"
Participei do documentario "Wazayzar - Guardiões da Vidar", em T.I Arariboia, no qual acompanhamos uma missão de monitoramento das invassões de madereiros com os Guardiões da Floresta. Paulo Paulinho Guajajara, formava parte de eles. Eu conviví com ele durante 5 días na floresta e cuidó de nos o tempo tudo, e foi muito legal conhecer seu caráter, mesmo apenas durante esse breve periodo. Um mês depois de essa missão, foi assassinado numa emboscada. Os Guardiões são voluntarios das aldeias, que fazem missões no interior da floresta para monitorar os movimentos ilegais dos madereiros. Esse cenário de invasões e violência motivou, no início dos anos 2000, as discussões a respeito de um grupo de indígenas que assumisse para si o monitoramento e a vigilância dos territórios tradicionais. A data como ponto de inflexão, foi o 15 de outubro de 2007. Na Aldeia de Lagoa Comprida, um grupo de madereiros fez uma massacre, porque habitantes das aldeias tinham retido um camião dos madereiros, e não aceitarom acordo para liberla lo.
O grupo dos Guardiões inicialmente estava em coordenação com Funai, a Polícia Federal e os órgãos estaduais. Porem, até todos mobilizar os recursos necesarios para uma ação contra os madereiros demorava; e não era constante, pelo qual, as invassões retornavam tras ums meses de calmaria. Surgirom divergencias entre as lideranças, e o grupo dos Guardiões resolveu continuar suas atividades sem acompanhamento das autoridades e órgãos estaduais. E algumas das missões eram de repressão das invassões.
A partir de 2016, as mortes de indígenas aumentam muito, e sobre tudo de Guardiões. Foram mortos violentamente Aponuyre, Cantídio, Genésio, Isaías, Assis e Alfonso Guajajara. Três deles eram guardiões. Alguns indígenas foram mortos a tiros, outros a pauladas, outro jogado de uma ponte e outro atropelado por um madeireiro, segundo os indígenas, intencionalmente.
No ano pasado, a morte de Paulo Paulinho Guajajara visualiza o clima de tenssão bem alto na região, e ainda não foi esclarecido. A pesar de este crime, as invassões continuam crescendo sem control nehúm; e segúm dados do ISA (Instituto Socioambiental), entre 2018 e 2019 foram abertos 1.248 quilômetros de ramais para exploração ilegal de madeira no território.
O governo do Maranhão anunciou a criação da FTVida, uma força-tarefa para enfrentamento da violência contra os indígenas. Até hoje, mais de 20 mortes de indígenas estão sem punição.
É realmente uma situação de EMERGÊNCIA para garantir a PERMANÊNCIA das terras tradicionais e seus habitantes.
Fonte: Agencia Pública de jornalísmo investigativo.
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2 comentarios
penelope.pereda
Staff Plus¡Qué fotos tan fuertes! Me conmovió mucho tu trabajo.
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chuseto
@penelope_pereda Muchas gracias! Que honor. La historia en sí es muy fuerte. Hace apenas un año lo mataron ... Lástima.
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