Meu projeto do curso: As leis da percepção visual: unidade, peso, equilíbrio e movimento

Primeiro Estudo

Como estagiária de um ateliê de Conservação e Restauração de obras de arte aproveitei para explorar os dejetos cheios de texturas e formas diferentes que apresentaram-se no cotidiano. Primeiramente, separei os materiais e usando uma folha em branco tentei organiza-los segundo os conceitos abordados no curso. Os primeiros exercícios trabalhei muito com a grade para dispôr os objetos a partir de seu peso e unidade (no caso do "céu nublado" fotografei a folha com os fios e polpa seca do linho de longe e de perto até encontrar o efeito celeste de imensidão e infinito).
Em "Pangeia", usei fitas oxidadas recém-removidas de um chassis. Criavam várias figuras circulares e onduladas, quando as coloquei aleatoriamente em um primeiro momento na folha, associei a imagem de um mapa, talvez fosse um conceito interessante para divulgação de um ateliê de restauração de suportes em papel.

Segundo Estudo

Ainda no ateliê de restauro, tentei estudar como organizar as imagens em grades e brincar com as cores utilizando algodão sujo de solvente e tinta provenientes dos testes de solubilidade em uma obra de tintas muito sensíveis. O resultado foi bem interessante, tentei variar pouco os tamanhos e formas para trabalhar com as linhas bem demarcadas.
Além disso, formei três palavras com os grampos removidos de uma obra com alicate, as deformações deram o efeito de uma caligrafia torta e descuidada.

Terceiro Estudo

Estudando o equilíbrio e desequilíbrio possíveis nas figuras, tentei buscar padrões mais irregulares na natureza ao redor, nas folhas e flores secas caídas dos vasos da minha casa. A princípio, apenas categorizei os tamanhos, cores, as formas e valores de cada objeto, o que, para mim, com pouco conhecimento de design foi muito interessante observar o poder dessa ação em particular, separar e unir objetos a partir de seus padrões podem gerar uma imagem poderosa com uma narrativa específica. O próximo exercício foi brincar com as tipografias para experimentar um pouco do próprio trabalho e pesquisa do professor Pepe Gimeno em "A Pergunta".

Quarto Estudo

Por fim, mas nunca concluindo esse processo de aprendizado maravilhoso, decidi experimentar encontrar figuras menos abstratas nas composições. Aproveitando as curvas e irregularidades das folhas secas para criar traços orgânicos e movimento, como em "Auto-retrato" (encontrei uma folha com o formato curvo do meu nariz e as flores como cílios deram movimento para os olhos, vivos e abertos) ou em "Vestido de Fada".
"Vestido de Fada" era inicialmente uma flor, em que encontrei a imagem de um vestido, marquei o rascunho na folha e organizei os objetos de tal modo que não só dessem a sugestão de uma vestimenta, mas o movimento para a fada que está suspensa no ar.